segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Racismo no mundo

Racismo

A abolição da escravatura em 13/05/1888, orientada a partir dos interesses brancos, veio na verdade inaugurar uma nova situação de exclusão e subordinação para comunidade negra brasileira.

Não foi à toa que, concomitantemente à abolição, a elite de intelectuais brancos brasileiros buscou pensar a nova realidade do país por meio de teorias racistas, importadas da Europa.

O regime da segregação racial (Apartheid) terminou oficialmente com a primeira eleição multiracial, em 1994, mas deixa a pesada herança das desigualdades sociais, após uma década de experiência democrática. Persistem os altos índices de pobreza, criminalidade e desemprego entre a população negra na África do Sul.

A População e o Apartheid

Em 1994, a população da África do Sul era de 41,7 milhões de habitantes, sendo 74% negros, 14% brancos, 9% mestiços e 3% asiáticos (indianos principalmente).

Até recentemente, os brancos mantinham ferrenha política de segregação racial , denominada APARTHEID, segundo a qual a população negra não tinha os mesmos direitos que os brancos, ou seja, os homens não eram iguais perante a lei; era a segregação racial institucionalizada, que praticamente negava ao negro a condição humana.

Em 1953 foi publicada a lei de recreações, que estabeleceu biblioteca, escolas, praias e parques separados para brancos e não-negros. No grupo dos não-brancos eram incluídos, além dos negros, os mestiços e os asiáticos, também vítimas da segregação racial.

Esse regime de segregação racial foi criado para controlar a maioria negra, com finalidade de manter um modelo econômico desenvolvido pelos brancos e calcado na exploração da força de trabalho negro.

Alguns números expressam muito bem o resultado de longos anos de APARTHEID. Até meados da década de 90, existiam na África do Sul aproximadamente 750 mil piscinas, privilégio praticamente exclusivo dos brancos, o que significava a média de uma piscina para duas famílias brancas. Ao mesmo tempo, havia cerca de 10 milhões de pessoas, quase todas negras, sem acesso a água potável.

Nessa mesma época, das pessoas com curso universitário, 84% eram brancas e apenas 7,5% eram negras. Enquanto entre os brancos o índice de analfabetismo era insignificante (apenas 1%), 50% dos negros eram analfabetos.

Também em ralação à questão educacional, na década de 50, o governo sul-africano instituiu a Educação Bantu para os negros, que era inferior à educação oferecida aos brancos, chegando-se ao ponto de não ensinar matemática para os estudantes negros, pois "isso não fazia parte de sua cultura".

Quanto à renda per capita, atualmente a dos brancos está na faixa dos 7.000 mil dólares , enquanto a dos negros é de cerca de 600 dólares. A taxa de mortalidade dos negros é 74 por mil e as dos brancos 10 por mil.

Apartheid

Em 1948, os brancos da África do Sul aprovaram várias leis: impediram os negros de votar, de ser donos de propriedades rurais e de ir aos lugares freqüentados pelos brancos. Proibiram também o casamento entre brancos e negros. Nem namorar podiam! Era um regime oficial de preconceito racial, que ficou conhecido como apartheid (lê-se "apartáid").

O mais importante líder negro da África do Sul, Nelson Mandela, ficou 28 anos na prisão, de 1962 a 1990. O Apartheid durou até 1994, quando Mandela foi eleito presidente e todas as leis de separação entre negros e brancos deixaram de existir.

A Ku-Klux-Klan - Estados Unidos

Com origem na atuação de veteranos confederados sulistas dos Estados Unidos desde 1865, a fundação da Ku-Klux-Klan ocorre dois anos depois em Neshville, com o objetivo de impedir a integração dos negros como homens livres com direitos adquiridos e garantidos por lei após a abolição da escravidão.

Como sociedade secreta racista e terrorista, a Ku-Klux-Klan, também conhecida como "Império Invisível do Sul", era presidida por um Grande Sacerdote, abaixo do qual existia uma rígida hierarquia de cargos dotados de nomes sinistros como "grandes ciclopes" e "grandes titãs". O traço característico de seus membros era o uso de capuzes cônicos e longos mantos brancos, destinados a impedir o reconhecimento de quem os usava. A intimação contra os negros atingia também em menor escala brancos que com eles se simpatizavam, além de judeus, católicos, hispânicos e qualquer forasteiro que se posicionasse de forma contrária aos interesses da aristocracia sulista.

A prática de terror dava-se desde desfiles seguidos por paradas com manifestações racistas, até linchamentos, espancamentos e assassinatos, passando ainda por incêndios de imóveis e destruição de colheita.

Raça

Os seres humanos têm antepassados comuns. Mas alguns grupos, vivendo distantes de outros por muito tempo, desenvolveram características de pele, olhos, lábios, altura e cabelo, por exemplo, que fazem deles pessoas assemelhadas entre si, mas diferentes de outros grupos. Basicamente, isto cria as raças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário